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Comprei um livro há uns meses atrás "A Menina Que Roubava Livros", de Markus Zusak. Ele chamou minha atenção muito antes de entrar nas listas de mais vendidos, mas demorei a comprá-lo porque só o encontrava a preços muito altos. Com sua bela capa branca, com detalhes em preto e vermelho e um título tão diferente, minhas mãos logo o buscaram para ler a sinopse da contra-capa (já que nunca leio a orelha!). Para minha surpresa, não havia sinopse, mas apenas uma frase, escrita em vermelho, com os dizeres: "Quando a morte conta uma história, você pára para ouví-la". Foi o suficiente para me conquistar! Algum tempo depois, comprei-o e devorei rapidamente, em poucos dias, suas 494 páginas. A narradora da história é a Morte (a própria, que todos conhecem ou que irão conhecer algum dia!), que se mostra uma entidade muito observadora e atenta aos seres humanos, que se preocupa com seus hábitos e com seu cotidiano, sem com isso deixar de cumprir seu trabalho, buscar e carregar suas almas. Quem rouba a atenção da Morte é uma criança alemã chamada Liesel, que entre 1939 e 1943, início da Segunda Guerra Mundial, encontra a morte por 3 vezes.Liesel é uma menina pobre, que mora em uma cidadizinha alemã em meio ao medo e a pobreza trazida pela guerra e através de seus olhos pueris, vemos o horror de um regime discriminatório e segregacionista e um povo que se cegou frente a adoração a um líder forte e carismático. Ela busca sempre viver uma infância feliz, jogando futebol com seus amigos e aprendendo a ler com seu pai adotivo, o acordeonista Hans, mas a insegurança trazida pela perseguição a judeus e opositores ao regimo e o medo trazido pela guerra que iminentemente chegaria a sua pequena comunidade sempre a alcançam. Para fugir dessa difícil realidade, Liesel recorre aos livros. Todavia, sua família não tem dinheiro para comprá-los e a solução encontrada por ela é furtá-los! Entre um pequeno e emocionante furto e outro, acompanhamos o dia a dia dessa inteligente menininha, a vida em sua comunidade, sua relação com seu vizinho e melhor amigo, o amor que nutre pelo seu pai, as aulas de leitura no porão de sua casa."A Menina Que Roubava Livros" é um livro emocionante, que nos tranporta entre a inocência da infância de uma criança e a realidade brutal e horrorosa de uma guerra, sempre nos lembrando que a felicidade está logo ao nosso lado e que devemos aproveitá-la ao máximo enquanto podemos. É uma obra-prima desse jovem autor australiano, que nos brinda com esta singela história construída no limiar entre a alegria e a tristeza, o amor e a desilusão.
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